sábado, 22 de agosto de 2009

NÃO PODIA TERMINAR ASSIM...

Era para ser diferente
Tu, compositor e louco
Eu, poeta insana e delinquente
Formaríamos uma dupla
Que espantaria muita gente.
Eu acreditava num Amor derradeiro
Tão tórrido como se fosse a paixão primeira.
Eras meu Nobre Vagabundo
Por ti eu andaria meio mundo.
Não me entendestes então
Acabei na mais fria solidão.
Perdestes tua mais ardente Mulher
A Amante que todo homem deseja e quer.
Sei como me fazer amada
Para mim não existe noite
Dia ou a mais fria madrugada.
Sou Fêmea que ao Homem vicia
Sou droga que contagia
Perita em todas as fantasias.
Sou fonte de puro prazer
Queria a ti, enlouquecer
Não te arrependerias jamais
Da loira que a ti amou demais.
Eu era a "Graça" do seu despertar
Aquela que fazia
Teu coração vagabundo
De tesão trabalhar.
Agora, perambulas não sei por onde
Minha pena por ti não mais se esconde.
A dor que sinto
Tenho certeza que sentes também
Pois o que entre nós acontecia
Só nós sabíamos, meu bem.
Mas, de repente tu te calastes
Não me dissestes o porquê
Apenas deixastes este vazio cruel
Como um facão cravado em meu peito
Matando esta Messalina do papel.
Cada vez mais desconfiada
Vou seguindo minha jornada
Segurando meu coração ferido nas mãos
Em sangue esvaindo-se
Vertendo-o gota a gota
Empoçando-se aos meus pés
No imundo deste frio chão.

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