O nome técnico da Síndrome do Coração Partido é Cardiomiopatia de Takotsubo. Dois terços dos pacientes são mulheres na faixa pós-menopausa, que passam por eventos fortemente emocionais ou por grande stress físico.
Parece ataque cardíaco, mas não é
Os sintomas são praticamente os mesmos de um ataque cardíaco. Contudo, o quadro somente se agrava radicalmente em cerca de 20% dos casos, exigindo os mesmos cuidados de emergência que um ataque cardíaco. Nos demais casos, principalmente quanto o atendimento é rápido, todos os pacientes que superam as primeiras 48 horas sobrevivem e têm recuperação total, sem sequelas.
Estes primeiros dados compilados sobre a nova doença são de uma pesquisa conduzida por médicos do The Miriam Hospital (Estados Unidos) e que serão publicados no exemplar de Abril do American Journal of Cardiology.
"Pode ser difícil para os cardiologistas e médicos da emergência diagnosticarem e tratarem de pacientes com síndrome do coração partido. Entretanto, estes dados irão nos ajudar a entender melhor o processo da doença e poderão desempenhar um papel importante no desenvolvimento de melhores estratégias de tratamento," diz o Dr. Richard Regnante, coordenador da pesquisa.
Reação aos hormônios do estresse
Os especialistas acreditam que os sintomas possam surgir pela reação do coração a uma grande liberação de hormônios do estresse, como a adrenalina, fazendo com que uma parte do coração enfraqueça temporariamente ou fique enrijecida (cardiomiopatia), embora o mecanismo exato ainda seja desconhecido.
Entretanto, tudo indica que a síndrome do coração partido é temporária e totalmente reversível.
Origem emocional
Segundo o estudo, 67% dos pacientes foram expostos a algum tipo de estresse físico ou emocional, como notícias ruins sobre um familiar, uma briga doméstica ou acidentes de carro.
"Alguns acreditam que a síndrome é simplesmente uma forma de ataque cardíaco que 'aborta' a si mesmo logo no início e, desta forma, não deixa danos permanentes no músculo cardíaco. Outros afirmam que a síndrome não tem nada a ver com as artérias coronárias e é simplesmente um problema com o músculo do coração," diz Regnante.
Contudo, os pesquisadores também descobriram uma forte correlação entre a síndrome do coração partido e a época do ano, ocorrendo mais na primavera e no verão, enquanto a maioria dos ataques cardíacos ocorre no inverno.
O próximo passo da pesquisa será encontrar pacientes da ainda rara síndrome do coração partido para efectuar um estudo baseado em ultrassonografia cardiovascular, em busca de mais informações sobre mais esta doença da modernidade.
Pois é mesmo no seculo 21 podemos morrer de Amor! Pensem nisso!
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