terça-feira, 28 de julho de 2009

Passáro


Hoje vi um passáro,

Passou por mim com tal leveza,

Enchendo minha alma...

Como pode coisa tão pequena,

Ser tão cheia de vida,

Ao contrário de mim,

Tão murcha e apagada,

Com tantas palavras que ficaram por dizer,

Tantos actos por realizar,

E tantas promessas por cumprir.

Como pode coisa tão pequena,

Ter-me enchido de vida...

Num Breve momento,

No qual percebi a beleza da vida,

E de estar viva.

Ai tu meu belo,

E tão pequeno passáro,

Sem nome e sem compasso,

Nem te apercebes,

O quanto em mim fizeste.

Tu,

Criatura de Deus,

Colocada em meu caminho hoje,

Para que eu possa dizer,

Que sim,

Eu vi a beleza da vida e das cores,

Vi para lá do que me era permitido...

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